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Na ultima terça, 02 de Abril, o Brasil relembrava com tristeza os 30
anos que se passaram desde que o Menino Deus chamou aquele Ser de Luz para
junto dele. E hoje no projeto Quarta da MPB , com orgulho e alegria trazemos
pra você a Guerreira Clara Nunes .
Nascida Clara Francisca
Gonçalves aos 12 de Agosto de 1942 em Paraopeba – MG, Caçula dos sete filhos do casal Manuel Ferreira
de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara ficaria também órfã de mãe e
acabaria sendo criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José
(conhecido como Zé Chilau). Naquela época, Clara participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística. Lá também cantava ladainhas em latim no coro da igreja.
No início da década de 1960
por influência do produtor
musical Cid Carvalho, mudou o nome para Clara Nunes, usando o
sobrenome da mãe. Em 1960, já com o nome de Clara Nunes e
ainda como tecelã, ela venceu a
etapa mineira do concurso "A
Voz de Ouro ABC", com a música "Serenata
do Adeus", composta por Vinicius
de Moraes e gravada anteriormente
por Elizeth Cardoso. Na final
nacional do concurso realizada em São
Paulo, Clara Nunes obteve o terceiro lugar com a canção "Só Adeus" (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia).
Naquela época, fez sua primeira apresentação na televisão, no programa de Hebe Camargo em Belo Horizonte. Em 1963, Clara Nunes ganhou um programa
exclusivo na TV Itacolomi,
chamado "Clara Nunes
Apresenta" e exibido por
um ano e meio. No programa se apresentavam artistas de reconhecimento nacional,
entre os quais Altemar Dutra e Ângela
Maria.
Em 1966 Calara foi contratada
pela Gravadora Odeon Naquele mesmo ano, foi
lançado o primeiro LP oficial da cantora, "A Voz Adorável de Clara
Nunes". Por insistência da gravadora para que ela interpretasse
músicas românticas, Clara apresentou neste álbum um repertório de boleros e sambas-canções, mas o LP foi um fracasso comercial. Em 1968, Clara Nunes gravou "Você Passa e Eu Acho
Graça", seu segundo disco na carreira e o primeiro onde cantaria
sambas. A faixa-título de Ataulfo
Alves foi seu primeiro grande sucesso radiofônico.
Em 1970, Clara Nunes se apresentou em Luanda, capital angolana, em convite de Ivon
Curi. No ano
seguinte, a cantora gravou seu quarto LP, no qual
interpretou "É Baiana" (de Fabrício da Silva, Baianinho,
Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), música que obteve considerável sucesso
no carnaval de 1971, e "Ilu Ayê", samba-enredo da Portela (de autoria de Norival Reis e Silvestre Davi da Silva). Na
capa do álbum, a cantora mineira fez um permanente nos cabelos pintados de
vermelho e passou a partir daí a se vestir com roupas que remetiam às religiões
afro-brasileiras. Em 1972,
Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum "Clara Clarice Clara".
Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo
Gaya e com músicos como o
violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes
destaques as canções "Seca
do Nordeste", "Morena
do Mar","Vendedor de
Caranguejo" ,"Tributo
aos Orixás" e a
faixa-título "Clara Clarice Clara".Ainda naquele ano, Clara Nunes se
apresentou no "Festival
de Música de Juiz de Fora" e
gravou um compacto simples da música "Tristeza,
Pé no Chão" , que vendeu
mais de 100 mil cópias.
A Odeon lançou em 1973 o disco "Clara Nunes".
Naquele mesmo ano, a cantora estreou com Vinicius
de Moraes e Toquinho o show "O poeta, a moça e o
violão" no Teatro Castro
Alves, em Salvador. Também em
1973, Clara foi convidada pela Radiotelevisão
Portuguesa para fazer uma
temporada em Lisboa. Depois,
percorreu alguns outros países da Europa,
como a Suécia, onde gravou um
especial ao lado da Orquestra Sinfônica de Estocolmo para a TV local.
Em 1975 a Odeon
lançaria o LP "Claridade", o
LP "Canto das Três Raças" sairia em 1976, em 1977 a Odeon lança o disco "As Forças da Natureza"
e em 1978, foi lançado o
álbum "Guerreira", no qual Clara interpretou vários ritmos
brasileiros além do samba - sua marca registrada. Em 1980, Clara Nunes gravou o álbum "Brasil Mestiço", que fez sucesso nas emissoras de rádio de todo o
país com "Morena de Angola", Gravou
em 1981 o LP "Clara", com grande
sucesso para a música "Portela na Avenida"
e em 1982, a Odeon lançaria "Nação", o último álbum de
estúdio da cantora.
Em 5 de março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples
cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um
componente do anestésico. Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante
28 dias internada na UTI da Clínica
São Vicente, no Rio
de Janeiro. Na madrugada do sábado
de Aleluia de 2
de abril de 1983, a poucos meses de completar 40 anos, Clara Nunes
entrou oficialmente em óbito, vítima de um choque
anafilático. O sepultamento no Cemitério São João
Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos. Em sua
homenagem, a rua em Madureira onde fica a sede da Portela, sua escola de
coração, recebeu seu nome.
Clara Nunes, foi considerada uma das maiores intérpretes do
país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus
ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravariam
canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora
brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.
Dei um aperto de saudade no meu tamborim,
molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas ♪♫
|
Que essa Guerreira, Esse Ser
de Luz permaneça pra sempre no coração de seu amado povo Brasileiro.
Morena de Angola - Clara Nunes
Sabiá
Que falta faz sua alegria
Sem você, meu canto agora é só
Melancolia ♪♫
Que falta faz sua alegria
Sem você, meu canto agora é só
Melancolia ♪♫
Salve Nosso Senhor Jesus
Cristo, Salve o Samba, Salve todas as Raças do Brasil, Salve todos os Orixás, Salve
a Claridade e Salve Salve Clara Nunes.
Fonte: Wikipedia
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