segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TOP 10 Os filmes mais bizarros do cinema

10. Ex-Drummer (2007)

Diretor: Koen Mortier
País: Bélgica



Filme narra a história de três deficientes: um skinhead de língua presa, um surdo e um gay que não tem o movimento no braço direito (causado pelo trauma de ser flagrado pela mãe se masturbando), juntos eles querem montar uma banda de punk rock para tocar em um festival, mas necessitam de um baterista obrigatoriamente deficiente. É usada todo tipo de anormalidade cinematográfica pra torná-lo ainda mais louco: ação invertida, câmera lenta, enquadramentos fora do comum, planos sobrepostos, estética propositalmente suja e violência explícita.



Mostra toda a imundice fashion underground, temos a impressão de estar vendo um filme atrasado pra época, anormal é pouco.


9. Freaks – Monstros (1932)

Diretor: Tod Browning
País: Estados Unidos


Freaks foi muito mal compreendido na época, o que após seu lançamento foi proibido em vários países e banido de vez por 30 anos. Em 1962 foi redescoberto após uma retrospectiva em um Festival de Cannes. Tudo porque o que temos nessa película são aberrações humanas de verdade contratadas de Sideshows da época.



É contada história do anão Hans, umas das atrações do circo de horrores que se apaixona pela trapezista Cleópatra. Ao saber que o pequenino herdou uma fortuna, resolve armar um plano junto com seu amante Hércules: casar-se com o anão, matá-lo e apossar-se de sua fortuna. O plano acaba sendo descoberto pelas aberrações que resolvem se vingar. Há no máximo 5 pessoas no filme que não possuem deficiências, entre humanos deformados temos: Irmãs siamesas, anões, garota sem braço, rapaz sem pernas, microencefálicos, um homem sem nenhum dos membros e tudo mais que podem imaginar.


8. Funny Games – Violência Gratuita (1997)

Diretor: Michael Haneke
País: Áustria


Violência e covardia, palavras chave pra esse filme. Uma família é seqüestrada dentro da própria casa por dois sádicos rapazes onde passam férias, sofrimento físico e psicológico é causado o máximo possível. A trama é simples, sem um roteiro impressionante, reviravoltas na história, mas com um final nada feliz. Somos levados juntos com a violência mostrada, como se fizéssemos parte do que está acontecendo, principalmente numa cena em que um dos rapazes dá uma piscadela pra câmera, cheio da maldade, nos avisando que algo interessante vem por ai. Vale a pena ver por como as cenas são bem reais e cruéis.


Filme indispensável pra quem gosta de cinema alternativo, crueldade e humor ácido.


7. Guinea Pig – The Flower of Flesh and Blood (1985)

Diretor: Hideshi Hino
País: Japão


Guinea Pig é uma série japonesa de 7 filmes, criada para testar novas e diferentes técnicas de maquiagens boladas por estudantes de cinema. Tomou notoriedade no underground do terror extremo por causa de cópias raras e toscas, sempre com imagens ruins, sendo erradamente tratados como snuff movie (filmes onde há mortes de verdade dos atores). Sadismo, violência, transbordamento de crueldade, fazem dessa série uma das coisas mais sangrentas que alguém pode ver. Não é recomendada para pessoas impressionáveis e fracas do estômago.


Vou citar aqui particularmente a parte 2: Flower of Flesh and Blood. Um assassino seqüestra uma jovem no metrô, leva pra um lugar que parece ser sua casa, dopa a pobre moça e começa a mutilá-la vestido de samurai, recitando alguns “poemas” durante todo o processo. Depois vemos que ela é só mais uma, de várias outras vítimas, com seus pedaços guardados em vários lugares. As cenas são tão reais e convincentes, que reza a lenda que o ator Charlie Sheen após ver o filme, denunciou para um departamento americano de censura aos filmes, que logo contatou FBI que por sua vez contatou as autoridades japonesas as quais já investigavam o filme. Diretores foram presos, até mostrarem o making of das filmagens e explicar tudo. Esquisitices que você só encontra no Japão.


6. Irreversible – Irreversível (2002)

Diretor: Gaspar Noé
País: França


Após o estupro de sua mulher Alex (Monica Belucci), Marcus (Vicent Cassel) e seu amigo Pierre (Albert Dupontel), ex da moça, saem à procura de vingança, indo aos lugares mais podres da cidade. A ação do filme é invertida, ou seja, a história é mostrada de traz pra frente, exato! Começo do filme é na verdade o fim da história, nos mostrando como tudo chegou até ali. Não há cortes nas cenas, a câmera dá uma pirueta e nos leva para próxima cena, passeia com os personagens, cai, gira, deixa coisas de cabeça-para-baixo, foge de foco, coisas que desnorteiam. A cena do estupro e violência dura mais ou menos 10 minutos, sem cortes, como se a câmera tivesse sido deixada no chão, pra testemunhar o fato, é algo bem angustiante e forte.

A cena se encontra abaixo. Novamente avisando: a cena é muito real e muito forte. Clique por sua própria conta e risco:


5. Ichi, The Killer – Ichi, O Assassino (2001)

Diretor: Takashi Miike
País: Japão



Baseado no mangá de Hideo Yamamoto, é um dos filmes mais sanguinários, pervertidos, sem noção e violentos já produzidos. É narrada a história de dois personagens. Kakihara (masoquista ao extremo e afeminado), sub-chefe da gangue ‘do Anjo’; com o sumiço do chefe, descobre uma conspiração em toda a máfia e irá torturar várias pessoas pra descobrir quem está por traz de tudo. O outro personagem é o assassino, que dá nome ao filme ‘Ichi’, que desmembra e destroça suas vítimas com uma espécie de faca super potente nas botas e não poupa a vida de nenhum criminoso ou quem quer que ousa contrariá-lo.

Cortar a própria em língua em sinal de “desculpas”, jogar óleo fervente no cara pendurado por garras de ferro fincadas na pele, bochechas puxadas até sangrar, rosto usado como alvo de dardos, são algumas das cenas doentias desse filme, ainda com um pouco de humor. Mais uma das crias bastardas do Japão.

4. Pink Flamingos (1972)

Diretor: John Waters
País: Estados Unidos


Divine é uma drag queen que tem o estranho título de ‘pessoa mais asquerosa do mundo’ e se orgulha muito disso, vive com sua família em um trailer: seu filho Crackers, que adora transar com galinhas e com suas namoradas no galinheiro; sua mãe Mama Edie, uma velha estranha que vive em um berço e ama comer ovos crus; e Cotton, que adora ver Crackers se “satisfazendo” no galinheiro. Mas seu trono está ameaçado por um casal não menos bizarro que ela: eles seqüestram jovens que são estupradas no cativeiro por um empregado para engravidarem, após o nascimento dos bebês eles são vendidos para casais de lésbicas.


Filme é trash ao extremo, com cenas nauseantes; canibalismo, incesto, nudez, “dança do ânus” e mais algumas coisas escrotas, mas tudo com um humor negro indescritível; destaque para uma das cenas mais antológicas do cinema trash: Divine saboreando fezes caninas. É preparar o estomago e dar uma conferida.


3. Salò o le 120 Giornate di Sodoma – Saló ou 120 Dias de Sodoma (1976)

Diretor: Pier Paolo Pasolini
País: França/Itália



Itália, 1944, controlada pelo regime nazista. Quatro libertários fascistas seqüestram 16 jovens e os mantém aprisionados numa mansão repleta de guardas e empregados. Dividido em três partes baseadas nas histórias de Marquês de Sade (“Círculo de Manias, Círculo de Merda e Círculo de Sangue”). Os jovens são levados ao extremo da humilhação, usados como fonte de prazer, masoquismo e morte. É um dos filmes mais chocantes da história, até hoje provoca desagrado de muitos que assistem, por seu alto teor de crueldade e violência gratuita.



Apesar de ser absurdamente de mau gosto, é um bom filme, consegue transmitir a mensagem principal, mesmo ela sendo ruim. O diretor foi assassinado meses após terminar o filme, crime o qual supostamente por motivação política. Pasolini era comunista e homossexual.


2. Thriller – A Cruel Picture (1974)

Diretor: Bo Arn Vibenius
País: Suécia


Madeleine (Christina Lindberg) mora com os pais numa fazenda. Ficou incapaz de falar após um trauma de ter sido molestada na infância, o que a faz passar por sessões de terapia. Num belo dia, após perder o ônibus, aceita carona de um rapaz, aparentemente um bom moço. Após aceitar o convite do rapaz para jantar, é levada para casa dele e drogada, sendo obrigada a se prostituir para sustentar seu vício em heroína. Depois de um desentendimento com o primeiro cliente, tem seu olho arrancado e passa a ser chama de “One Eye”. Com o dinheiro que ela ganha em seus programas, inicia uma série de treinamentos para arquitetar sua vingança; fazendo aulas de tiro, caratê e manobras com automóvel. Película que se tornou cult na cena trash, como um dos raros filmes a mostrar cenas de sexo explícito (não se sabe se foram feitas pela própria atriz).


É bem interessante ver a transformação daquela garota frágil se transformar numa mulher cheia de ódio em busca de vingança. Boas cenas de ação, tiroteios em câmera lenta e um final digno, é o doce sabor da vingança na sua mais cruel forma.

1. Begotten (1990)

Diretor: E. Elias Merhige
País: Estados Unidos


Deus está sozinho e abandonado, e se suicida estripando-se com uma navalha. Eis que de sua morte emerge a Mãe-Natureza, masturba o moribundo e com o sêmen do mesmo fertiliza-se, originando do seu ventre a Humanidade, um ser doente e de extrema fraqueza, que parece mais um mendigo com epilepsia e durante toda sua existência é maltratado por uns monstros que vagam pela terra.

Esse é com certeza o filme mais estranho e indescritível que alguém pode ver na vida, não há como se encaixar em algum gênero. A película é toda em preto e branco, sem tons de cinza (apesar de ser de 1991), o que torna algumas cenas indecifráveis. Não há diálogos, apenas barulhos e sons sombrios.

O filme é considerado uma obra de arte por muitos e um lixo sem noção por tantos outros. Não é um filme chocante nem nojento. É apenas perturbador e bizarro.

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