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O homem encontrado morto deitado em uma rede, após 1 ano e 3 meses desaparecido, deixou mensagens na parede do quarto. O caso veio à tona na última sexta-feira (22), no Bairro Monte Castelo, em Fortaleza, e chamou a atenção pelo fato de o esqueleto estar no local onde, aparentemente, encontrava-se desde que morreu. Marcos de Souza Lima, de 41 anos, morava sozinho no terceiro andar de uma casa, enquanto os familiares residiam, separados, no andar inferior, na Rua Gerson Farias.
Frases como “a senhora vai ser responsabilizada pela minha morte”e “Jesus foi morto e crucificado por vocês” foram encontradas na parede. Segundo o vizinho da vítima, Gilberto de Oliveira, o corpo só foi achado porque havia faltado água no andar de baixo da casa, onde residiam a madrasta da vítima e a irmã dela. “Eu vim fazer o serviço, e subi até o terceiro andar para encontrar o motivo da falta de água. Comecei a bater à porta, e ninguém atendeu. Arrombei, vi a rede e uma cabeça, o resto era tudo osso”, explica.
De acordo com Gilberto, o homem havia desaparecido desde maio de 2013, e as duas moradoras da casa não entraram no quarto durante todo esse tempo por serem idosas, e não poderem subir as escadas. “A madrasta estava procurando por ele por mais de um ano. E ninguém sentiu o cheiro porque ele vedou tudo com jornal. A porta estava toda vedada”, conta.
Outro morador, que não quis se identificar, informou que os familiares não se deram conta do ocorrido, porque a vítima havia dito que iria viajar para São Paulo. Em razão disso, ninguém achou estranho o desaparecimento e nem o fato de a casa estar fechada por tanto tempo.
A causa da morte ainda não foi confirmada. Mas, no quarto onde o corpo foi encontrado, havia uma corda amarrada, um banco logo abaixo e mensagens de despedida na parede. Os moradores acreditam que a morte foi premeditada. “Marcos era da seita gnóstica, e ficava dizendo que saía do corpo e voltava. Falava que ia para outros planetas. Ele estudava muito sobre isso e até ministrava palestras”, afirma Edilardo Gonçalves, colega de trabalho da vítima. Marcos trabalhava com instalação de equipamentos eletrônicos de segurança.
A Perícia Forense retirou o corpo do local na sexta-feira e informou que o cadáver estava em decomposição há mais de um ano. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
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