10. Ex-Drummer (2007)
Diretor: Koen Mortier
País: Bélgica
Filme narra a história de três deficientes: um skinhead de língua presa, um surdo e um gay que não tem o movimento no braço direito (causado pelo trauma de ser flagrado pela mãe se masturbando), juntos eles querem montar uma banda de punk rock para tocar em um festival, mas necessitam de um baterista obrigatoriamente deficiente. É usada todo tipo de anormalidade cinematográfica pra torná-lo ainda mais louco: ação invertida, câmera lenta, enquadramentos fora do comum, planos sobrepostos, estética propositalmente suja e violência explícita.
Mostra toda a imundice fashion underground, temos a impressão de estar vendo um filme atrasado pra época, anormal é pouco.
9. Freaks – Monstros (1932)
Diretor: Tod Browning
País: Estados Unidos
Freaks foi muito mal compreendido na época, o que após seu lançamento foi proibido em vários países e banido de vez por 30 anos. Em 1962 foi redescoberto após uma retrospectiva em um Festival de Cannes. Tudo porque o que temos nessa película são aberrações humanas de verdade contratadas de Sideshows da época.
É contada história do anão Hans, umas das atrações do circo de horrores que se apaixona pela trapezista Cleópatra. Ao saber que o pequenino herdou uma fortuna, resolve armar um plano junto com seu amante Hércules: casar-se com o anão, matá-lo e apossar-se de sua fortuna. O plano acaba sendo descoberto pelas aberrações que resolvem se vingar. Há no máximo 5 pessoas no filme que não possuem deficiências, entre humanos deformados temos: Irmãs siamesas, anões, garota sem braço, rapaz sem pernas, microencefálicos, um homem sem nenhum dos membros e tudo mais que podem imaginar.
8. Funny Games – Violência Gratuita (1997)
Diretor: Michael Haneke
País: Áustria
Violência e covardia, palavras chave pra esse filme. Uma família é seqüestrada dentro da própria casa por dois sádicos rapazes onde passam férias, sofrimento físico e psicológico é causado o máximo possível. A trama é simples, sem um roteiro impressionante, reviravoltas na história, mas com um final nada feliz. Somos levados juntos com a violência mostrada, como se fizéssemos parte do que está acontecendo, principalmente numa cena em que um dos rapazes dá uma piscadela pra câmera, cheio da maldade, nos avisando que algo interessante vem por ai. Vale a pena ver por como as cenas são bem reais e cruéis.
Filme indispensável pra quem gosta de cinema alternativo, crueldade e humor ácido.
7. Guinea Pig – The Flower of Flesh and Blood (1985)
Diretor: Hideshi Hino
País: Japão
Guinea Pig é uma série japonesa de 7 filmes, criada para testar novas e diferentes técnicas de maquiagens boladas por estudantes de cinema. Tomou notoriedade no underground do terror extremo por causa de cópias raras e toscas, sempre com imagens ruins, sendo erradamente tratados como snuff movie (filmes onde há mortes de verdade dos atores). Sadismo, violência, transbordamento de crueldade, fazem dessa série uma das coisas mais sangrentas que alguém pode ver. Não é recomendada para pessoas impressionáveis e fracas do estômago.

Vou citar aqui particularmente a parte 2: Flower of Flesh and Blood. Um assassino seqüestra uma jovem no metrô, leva pra um lugar que parece ser sua casa, dopa a pobre moça e começa a mutilá-la vestido de samurai, recitando alguns “poemas” durante todo o processo. Depois vemos que ela é só mais uma, de várias outras vítimas, com seus pedaços guardados em vários lugares. As cenas são tão reais e convincentes, que reza a lenda que o ator Charlie Sheen após ver o filme, denunciou para um departamento americano de censura aos filmes, que logo contatou FBI que por sua vez contatou as autoridades japonesas as quais já investigavam o filme. Diretores foram presos, até mostrarem o making of das filmagens e explicar tudo. Esquisitices que você só encontra no Japão.
6. Irreversible – Irreversível (2002)
Diretor: Gaspar Noé
País: França
Após o estupro de sua mulher Alex (Monica Belucci), Marcus (Vicent Cassel) e seu amigo Pierre (Albert Dupontel), ex da moça, saem à procura de vingança, indo aos lugares mais podres da cidade. A ação do filme é invertida, ou seja, a história é mostrada de traz pra frente, exato! Começo do filme é na verdade o fim da história, nos mostrando como tudo chegou até ali. Não há cortes nas cenas, a câmera dá uma pirueta e nos leva para próxima cena, passeia com os personagens, cai, gira, deixa coisas de cabeça-para-baixo, foge de foco, coisas que desnorteiam. A cena do estupro e violência dura mais ou menos 10 minutos, sem cortes, como se a câmera tivesse sido deixada no chão, pra testemunhar o fato, é algo bem angustiante e forte.
A cena se encontra abaixo. Novamente avisando: a cena é muito real e muito forte. Clique por sua própria conta e risco:
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