O ano de 2012 foi bastante curioso e interessante de se vivenciar para os apreciadores de boa música.
Assistimos Rihanna crescer como artista, calando a boca dos críticos duas vezes, como o sucesso global do poema musicado, “We Found Love” e a arriscada atitude de lançar uma balada com carro-chefe, indo
contra a onda electropop e todas as apostas de que ela era extremamente previsível. Acompanhamos
Justin Bieber ir de astro teen e fenômeno passageiro à um jovem artista divulgando boas músicas e
começando a ser levado a sério. Presenciamos até mesmo Madonna deixar escorrer pelos dedos uma
divulgação incrível conseguida pela nova gravadora, em consequência de um dos materiais mais fracos
de sua carreira, e mesmo assim se firmando ainda mais como ícone da musica internacional.
Após um ano com briga de gigantes, como foi 2011, este ano todos tiveram sua chance, tendo sucesso
Após um ano com briga de gigantes, como foi 2011, este ano todos tiveram sua chance, tendo sucesso
ou não. Revelações mostraram como podem se sobressair em relação aos veteranos, e que é preciso sair
da zona de conforto de vez em quando, se não quiser cair em um ostracismo quase impossível de sair.
Todavia, apesar de rico em criatividade e qualidade musical, 2012 foi pobre em reconhecimento.
O poder e as vendas passaram meses nas mãos poucos, enquanto outros foram praticamente esquecidos, passando por situações constrangedoras. Seja vendendo milhares em uma semana e centenas na semana seguinte, ou não conseguindo sequer alcançar as previsões de venda e sucesso. Apostas nunca foram tão
erradas e o inesperado nunca havia feito um sucesso tão surpreendente.
No ano que passou também vimos que gêneros, hoje em dia, são uma mera formalidade e que
No ano que passou também vimos que gêneros, hoje em dia, são uma mera formalidade e que
quase ninguém consegue se manter neste jogo sem tentar algo diferente, e que muitas vezes foge
completamente da proposta com a qual artistas haviam surgido. Quem imaginaria que a mesma rapper
de versos agressivos como "Did It On 'Em", cantaria sobre praias e naves espaciais? Que o dubstep
quebraria as fronteiras do eletrônico e entraria, pelas portas abertas por nomes como Britney Spears,
em canções de artistas no pop, rap e até mesmo o country? Ou até mesmo que o mainstream e o
indie, que são opostos naturais, acabariam sendo confundidos um com o outro?
Vimos o mundo reafirmando que não se trata apenas de rádio e boa voz. No momento em que vivemos hoje,
Vimos o mundo reafirmando que não se trata apenas de rádio e boa voz. No momento em que vivemos hoje,
ter a maior quantidade de seguidores no Twitter, a maior audiência no programa de TV ao qual participa e ser o assunto mais comentado em redes sociais frequentemente, é tão importante quanto vender milhões de
CDs e estar com singles no topo das paradas mundo a fora.
O videoclipe, que há alguns anos atrás era mero acessório para a música, se tornou determinante no
O videoclipe, que há alguns anos atrás era mero acessório para a música, se tornou determinante no
sucesso ou fracasso de uma canção, sendo o material visual, por muitas vezes, mais apreciado que a
própria música. Alguns lançaram poucos e memoráveis vídeos, e alguns divulgaram dezenas deles,
sejam eles obras-primas ou apenas pressa em divulgar todas as canções e partir logo para o próximo CD.
Afinal de contas, quem nasceu para “Va Va Voom” ou “Pound The Alarm”, jamais será “Blue Jeans” ou
“National Anthem”.
Para sermos mais claros, muita coisa aconteceu, e 2012 foi tão cheio de conteúdo, que parece que cada
Para sermos mais claros, muita coisa aconteceu, e 2012 foi tão cheio de conteúdo, que parece que cada
semestre foi uma parte diferente. Na primeira, o último capítulo do conto de fadas que Katy Perry jamais
sonhou ter, foi encerrado, Lana Del Rey e Marina & The Diamonds passaram de musas dos hipster e tumblrs,
para comentário certo na maioria dos blogs de música popular, as boybands “renasceram” e a música
britânica atravessou as fronteiras destruídas por Adele ano passado. Já na segunda parte, aqueles que
tentaram voltar com tudo após longos anos em silêncio, acabaram não tendo tanto retorno quanto
esperavam, mas certamente não deixaram a desejar em termos de qualidade, Pink e Kelly Clarkson, há anos tentando se firmar, finalmente conseguiram o tão almejado e merecido reconhecimento como artistas
consagradas, alguns novatos, como Carly Rae Jepsen, Ellie Goulding, Rita Ora e Cher Lloyd mostrando
como se aproveitar o sucesso de um hit para continuar tendo um atrás do outro, e até aulas de como ficar
quietinha e surpreender, com Taylor Swift, e sair anunciando mudanças e acabar não cumprindo muitas delas,
como fez Ke$ha.
O próximo passo é aguardar as surpresas que 2013 nos guarda e assistir de camarote algumas
O próximo passo é aguardar as surpresas que 2013 nos guarda e assistir de camarote algumas
novas estrelas nascerem e as veteranas mostrando como é que se faz no show business.
http://www.staypop.net/noticias/2012/12/extra-2012-o-ano-em-que-todos-tiveram-uma-chance.html
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