No caso, foi
Tarantino quem propositalmente decidiu ambientar seu "spaghetti
western", no período pré-Guerra Civil Americana, indo das vastas paisagens
do Texas até as fazendas de algodão do Mississippi. Uma escolha que o próprio diretor admitiu deixá-lo
com receio no início do projeto.
O fato é que falar de escravidão nos Estados Unidos é mexer num
vespeiro. As questões raciais permanecem um tema delicado e, por causa de
Tarantino, o assunto voltou a ser debatido na mídia norte-americana. De acordo
com o cineasta, a preocupação em encenar o cotidiano dos escravos com atores
locais só passou após uma conversa com Sidney Poitier, o primeiro artista negro
a ganhar um Oscar .
Na ocasião, Poitier disse ao diretor que ele "não poderia ter medo do
próprio filme".
Isso não impediu que o longa fosse recebido com
polêmica. Um fragmento da controvérsia causada pela história envolve o cineasta
Spike Lee, que deixou claro que não assistirá ao filme por considerá-lo
desrespeitoso com seus antepassados.
Só a atitude ousada de Tarantino já valeria o ingresso de "Django Livre". Porém, esse é apenas um dos fatores que colabora para abrilhantar o sétimo filme da carreira do cineasta - considerando as duas partes de "Kill Bill" (2003) como uma única história.
Na trama, o escravo Django (Jamie Foxx) é libertado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz), que precisa de auxílio para identificar alguns homens procurados. Em troca da ajuda, o pistoleiro promete uma parte da recompensa ao jovem negro.
Aqui, ao contrário da ditadura dos filmes baseados em fatos reais, a ficção permite tudo, libertando seu cinema das convenções.Por isso, Django Livre confunde. Para uns soa racista e, para outros, subversivo. Alguns se divertem vendo-o como uma farsa cheia de risadas, enquanto outros enxergam um épico com figurinos de faroeste.
A jornada, é claro, não deixa de contar com homenagens de Tarantino aos spaghetti western, como a presença do ator italiano Franco Nero, o primeiro Django do cinema, além das marcas registradas do cineasta, como sequências extremamente violentas, diálogos ácidos e engraçados e uma trilha sonora impecável.
Só a atitude ousada de Tarantino já valeria o ingresso de "Django Livre". Porém, esse é apenas um dos fatores que colabora para abrilhantar o sétimo filme da carreira do cineasta - considerando as duas partes de "Kill Bill" (2003) como uma única história.
Na trama, o escravo Django (Jamie Foxx) é libertado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz), que precisa de auxílio para identificar alguns homens procurados. Em troca da ajuda, o pistoleiro promete uma parte da recompensa ao jovem negro.
Aqui, ao contrário da ditadura dos filmes baseados em fatos reais, a ficção permite tudo, libertando seu cinema das convenções.Por isso, Django Livre confunde. Para uns soa racista e, para outros, subversivo. Alguns se divertem vendo-o como uma farsa cheia de risadas, enquanto outros enxergam um épico com figurinos de faroeste.
A jornada, é claro, não deixa de contar com homenagens de Tarantino aos spaghetti western, como a presença do ator italiano Franco Nero, o primeiro Django do cinema, além das marcas registradas do cineasta, como sequências extremamente violentas, diálogos ácidos e engraçados e uma trilha sonora impecável.
"Django Livre" mostra que Quentin Tarantino refina, a
cada filme, seu modo particular de contar histórias. Desde já, um clássico.
*trailer do filme "Django Livre"
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