Chegou ao fim mais uma temporada da série de maior sucesso da história da TV à cabo americana. Dividido em duas partes, o segundo ano de “The Walking Dead” seguiu batendo recordes de audiência no segmento. O season finale, intitulado “Besides de Dying Fire” e que foi ao ar no último domingo (18), marcou o maior número já registrado na audiência de uma série de TV fechada dos EUA, com nove milhões de espectadores. Esta foi a terceira vez que a série superou os números convencionais de um programa de TV paga. A estreia do segundo ano, que teve audiência total de 7,3 milhões de espectadores, já tinha quebrado um recorde anterior, do episódio final da primeira temporada, que bateu os seis milhões de espectadores. Isso é que é poder de fogo!
Mas analisando a série como um todo, e esse reflexo foi ainda mais evidente na 2ª temporada, a verdade é que “The Walking Dead” é uma produção extremamente irregular. A impressão que me passa é que a série consegue entregar grandes inícios e também sabe fechar os arcos dramáticos e narrativos como poucas. O problema é justamente o que acontece no meio da história. A primeira parte dessa temporada, antes do hiato, mostrou (e cuidado com os spoilers a partir de agora!) todo arco envolvendo a busca por Sofia. Apesar de aqui e ali termos tido algumas coisas interessantes, como a apresentação de Hershel, tivemos episódios sonolentos e frouxos, e a narrativa arrastada da série também não ajudava. Tudo isso para chegarmos à catarse da cena que mostra a abertura do celeiro e o confronto com os zumbis, além de vermos o que tinha acontecido com Sofia.
Após o hiato, “The Walking Dead” voltou no mesmo ritmo. Episódios arrastados e tramas desinteressantes. A abordagem dos produtores de querer fazer uma série sobre pessoas e não seu confronto com os zumbis às vezes não funciona. Até mesmo a tensão entre Rick e Shane soou forçada e superficial. E o clímax desse confronto também não agradou muito. O que era para ter sido um forte momento dramático acabou sendo frio e sem emoção. O mais interessante foi confirmar que uma pessoa não precisa ser mordida para virar zumbi. Ao morrer, a transformação acontece.
E chegamos então ao season finale. Esse sim foi um grande episódio. O confronto contra o exército de zumbis foi tenso e muito eficiente. Os primeiros 15 minutos não deixaram o expectador respirar. A montagem dos primeiros planos, que mostraram de forma panorâmica os zumbis se aproximando de Rick e Carl, já evidenciou o tom que o episódio teria. Outro ponto que vale ser destacado é a trilha sonora escrita por Bear McCreary, que conseguiu ilustrar a crescente de tensão das cenas de ação intercalando com as atitudes dos personagens.
O episódio teve dois pontos altíssimos. O primeiro foi a rápida aparição de Michonne, uma personagem intrigante e que será um dos destaques do terceiro ano. O outro, e talvez o mais importante e que serviu de temática da 2ª temporada, foi a sequência que mostra Rick finalmente assumindo a liderança do grupo de forma clara, sem ser constestado. Quando ele fala: “Matei meu melhor amigo por vocês… Isso não é mais uma democracia!”, abre possibilidades interessantes para o terceiro ano, principalmente se Rick vai perder sua “humanidade” e impor uma ditadura que visa apenas a sobrevivência, passando por cima de qualquer um. Essa é uma abordagem interessante, afinal será que todos são corrompidos pelo instinto de sobrevivência? O plano final emblemático mostrando a penitenciária deixa a promessa de que “The Walking Dead” expandirá seu universo e fará com que finalmente nos importemos pra valer com aqueles personagens.
E vocês gostaram dessa 2ª temporada “The Walking Dead”?
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